sexta-feira, 26 de março de 2010

Incontinência Urinária (1ª parte)

Certamente já ouviu falar de incontinência urinária. No entanto, este é ainda um assunto tabu. As pessoas não gostam de falar sobre a sua intimidade e muitas desvalorizam este problema, escondendo-o.

A incontinência urinária é muito comum, afectando pessoas de várias idades e de ambos os sexos.

Fique com estes números:

· 1 em cada 4 mulheres e 1 em cada 8 homens sofre ou já sofreu de incontinência urinária;

· as mulheres representam 85% dos doentes;

· entre os 15 e os 64 anos as mulheres têm 10 a 20% de probabilidade de sofrerem de incontinência urinária, subindo para 40% a probabilidade em senhoras com mais de 60 anos;

· em Portugal estima-se que existam para cima de 600 000 pessoas com este problema, 16% das quais mulheres com menos de 35 anos e cerca de 190 000 homens.

Uma pessoa sofre de incontinência urinária quando perde involuntariamente urina, ou seja, quando “faz xixi sem querer”.

Isto pode ocorrer devido a um mau funcionamento do sistema urinário.

De uma forma resumida e simplificada, este sistema funciona assim: os rins filtram o sangue e enviam as substâncias que não são necessárias para a bexiga, que tem a capacidade de se dilatar até encher (cerca de 500ml); quando a bexiga está meio cheia é enviada informação nervosa ao cérebro de que esta tem de esvaziar e a urina desce até à uretra onde existem um esfíncter interno, que só vai abrir quando a bexiga estiver cheia, e um esfíncter externo, que é controlado voluntariamente pela pessoa para o manter fechado até chegar à casa de banho para urinar.

A grande maioria dos problemas surge sobretudo pelo enfraquecimento, por motivos diversos, dos músculos do pavimento pélvico, responsáveis pelo correcto funcionamento dos esfíncteres, mas não só.

Conheça algumas das razões desse enfraquecimento e outras causas que podem conduzir a um caso de incontinência urinária:

· a gravidez e o parto, em que o corpo é sujeito a modificações físicas e hormonais, como a pressão que o útero exerce sobre a bexiga e o esforço para fazer nascer o bebé;

· a menopausa, que também acarreta modificações, como a redução de estrogénio e a alteração da posição da bexiga;

· o excesso de peso, com a consequente sobrecarga dos músculos abdominais e pélvicos;

· a idade, especialmente nos homens;

· determinados medicamentos;

· patologias, como inchaço e cancro da próstata, Parkinson, Alzheimer, espinha bífida, esclerose múltipla, entre outras;

· etc.

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