sexta-feira, 26 de março de 2010

Incontinência Urinária (2ª parte)

Existem vários tipos de incontinência urinária, de acordo com a forma como a perda de urina acontece e o que está na sua origem. Assim, de acordo com as características da incontinência urinária, existem:

· a incontinência de esforço, resultante da perda de força dos músculos do pavimento pélvico, o que faz com que estes não contraiam o suficiente para impedir que a urina saia quando a pessoa espirra, ri, tosse ou pega em algo pesado, sendo o tipo mais comum entre as senhoras;

· a incontinência de urgência, que se pensa que ocorra por causa de sinais errados que os músculos em redor da bexiga enviam para o cérebro informando-o erradamente de que esta está cheia, fazendo com que a pessoa tenha vontade de urinar muitas vezes (para além do normal de 4 a 8 vezes por dia e tendo até de se levantar várias vezes durante a noite) e de repente, libertando urina involuntariamente;

· a incontinência mista, em que acontece tanto a incontinência de esforço como a incontinência de urgência, sendo sempre mais evidentes os sintomas de um dos dois tipos;

· a incontinência funcional, que não é mais do que não conseguir chegar à casa-de-banho para esvaziar a bexiga, devido a algum tipo de problema físico ou mental, perdendo a urina antes de chegar à sanita/urinol;

· e ainda, as disfunções neurológicas da bexiga, originadas por doenças, como por exemplo, Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla ou espinha bífida, e ainda por lesões cerebrais de pós-traumatismos, que vão alterar o correcto funcionamento da comunicação entre a bexiga e o cérebro, fazendo com que o indivíduo não consiga ter controlo sobre a sua bexiga.

Se suspeitar que sofre de algum destes tipos de incontinência deve procurar consultar o seu médico. Não tenha vergonha, não pense que é só a si que acontece. E por mais embaraçoso que lhe pareça falar sobre a sua incontinência, pense que adiar o problema só piorará a sua situação e a sua saúde.

Quanto mais cedo procurar ajuda mais fácil será resolver o seu problema de incontinência, ou pelo menos arranjar uma forma de melhorar a sua qualidade de vida.

Dessa forma poderá ser feito um correcto diagnóstico, despistando outros possíveis problemas como obstipação, tumores, infecções urinárias, problemas na próstata, etc. Na avaliação o médico irá analisar possíveis lesões na cabeça, na coluna vertebral, etc, a sua predisposição para a incontinência (gravidez, prática desportiva, historia familiar, etc), os seus sinais e sintomas, pedindo-lhe ainda que realize exames, como por exemplo análises à urina.

Desta forma poderá esclarecer as dúvidas que tiver, tratar o seu problema da forma mais adequada e melhorar a nível emocional, físico e social.

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