terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Cuidados Continuados (2ª parte)

Como irão ser prestados os cuidados continuados?
Mediante a intervenção de uma equipa multidisciplinar, ou seja, de profissionais de várias áreas de actuação, que se vai centrar na pessoa com necessidades e na sua família identificando e prestando todos os cuidados que estes necessitem.
Estes cuidados poderão ser de carácter preventivo, curativo, de reabilitação e paliativo, nomeadamente:
- apoio psicológico e social;
- ajuda nas actividades da vida diária, como comer, tomar banho, limpeza da casa e das roupas, etc;
- na relação entre o utente e a sua família e vice-versa, informando e ensinando a família a lidar com o utente (como o podem ajudar, o que podem e não devem fazer, etc) e o individuo a interagir e a ajudar a sua família a ajudá-lo;
- cuidados de saúde, médicos, de enfermagem, de fisioterapia, etc, para que o individuo possa alcançar um bom estado de saúde, para se possível promover a sua autonomia e diminuir as suas incapacidades, para lhe reduzir os sintomas, nomeadamente a dor, e para proporcionar bem-estar, actuando ou não directamente sobre a doença.

Assim, os cuidados que são prestados podem ser muito diferenciados, tal como os indivíduos e as famílias que usufruem desse acompanhamento.
Por exemplo, podem beneficiar destes cuidados continuados, independentemente da sua idade e da origem do problema, pessoas com pouca autonomia e dependentes de terceiros, indivíduos que necessitam de mais cuidados de saúde ou por períodos de tempo mais prolongados, pessoas com doenças crónicas ou terminais, entre outros. É o caso daqueles que tiveram um AVC, que têm Alzheimer, cancro, de idosos fragilizados ou já acamados, etc.

Para que isto seja possível as equipas de cuidados continuados integrados são constituídas por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, profissionais de limpeza, entre outros. O número de profissionais e as suas competências estão de acordo com as características da região onde essa equipa irá actuar, devendo estar ajustada às necessidades, dimensão e realidade dessa população.

No caso dos fisioterapeutas em particular, estes centram-se no utente avaliando as suas capacidades, funcionalidade, objectivos e expectativas (o que é capaz de fazer, o que precisa de fazer, as suas limitações, etc), analisando os seus sinais e sintomas (dor, fraqueza, etc) e a interacção de todos estes com o meio que o rodeia (não vai à rua porque tem escadas, não se veste sozinho porque a esposa ajuda “demasiado”, etc).
Após um raciocínio clínico são estabelecidos os objectivos para aquele caso específico e posteriormente com a intervenção propriamente dita procuram-se obter os melhores resultados possíveis.
O fisioterapeuta tem assim um papel activo na equipa de cuidados continuados contribuindo para a recuperação, para a maximização da independência e da funcionalidade, para o bem-estar e melhoria da qualidade de vida, para a prevenção de complicações e deterioração do estado de saúde e para o aconselhamento e ensino ao utente e às pessoas que o rodeiam.

1 comentário:

  1. Boa tarde.Chamo-me sandra e sou aluna finalista de fisioterapia e estou a realizar a monografia sobre os fisioterapeutas nos cuidados continuados.
    estive a ler o seu texto e gostava de saber se me pode disponibilizar a bibliografia deste texto. o mail para contaco é :io233_01@hotmail.com Obrigada pela sau atenção.
    Sandra Ferreira

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