segunda-feira, 7 de junho de 2010

Doença de Parkinson (1ª parte)

No domingo passado assinalou-se o Dia Mundial da Doença de Parkinson.
O dia 11 de Abril é o escolhido por ser aquele em que nasceu o Dr. James Parkinson, o médico inglês que, em 1817, descreveu esta doença pela primeira vez e lhe deu o seu nome.
Em Portugal decorreram várias actividades, entre elas, o encontro nacional em Fátima, com a presença de doentes, familiares, amigos e profissionais de saúde.

A doença de Parkinson é uma patologia do sistema nervoso central. As células do sistema nervoso (neurónios), localizadas numa zona específica do cérebro, deixam de funcionar correctamente ou morrem. Assim, devido à destruição celular naquela área, deixa de ser produzida a quantidade necessária de dopamina, uma substância que permite que se façam alguns tipos de movimentos.

Esta patologia afecta cerca de 20 mil portugueses, diagnosticando-se aproximadamente 1800 novos casos por ano. Com o aumento da esperança média de vida a tendência aponta para que haja um aumento do número de pessoas com doença de Parkinson. Afecta pessoas de ambos os sexos, em percentagens aproximadamente iguais, e normalmente a partir dos sessenta anos de idade. No entanto, também surgem casos em indivíduos a partir dos quarenta anos, sendo raro acontecer antes disso.

A doença de Parkinson é até hoje uma patologia de causa desconhecida. Não se percebe porque é que a deterioração dos neurónios ocorre (quais os mecanismos que a provocam), nem porque é que essa deterioração acontece em determinadas pessoas. Não há evidências de que seja por razões hereditárias, apenas se sabe que a idade contribui para o aparecimento da doença.

Os sintomas da doença de Parkinson vão-se manifestando de forma progressiva, começando por vezes com um simples tremor que vai piorando. Os principais sinais são a rigidez muscular, o tremor de repouso e a lentificação dos movimentos. Por regra, numa fase inicial, afecta os membros superiores e normalmente só de um lado do corpo.

O que sente o doente e o que observam as outras pessoas?
Notam que:
• as mãos (mas também os pés, pernas, braços) tremem quando está parado sem fazer nada e esses tremores diminuem quando está a fazer alguma actividade;
• a expressão facial se altera, diminuindo a mímica facial (olhar fixo,…);
• fala de uma forma monocórdica, com um volume mais baixo que o normal, sendo frequente que escorra saliva pelos cantos da boca;
• a pele fica mais oleosa, especialmente a da cara;
• começa a mexer-se menos e com menor agilidade, tendo também mais dificuldade para iniciar o movimento (referem que “parece que está congelado”,” que não consegue arrancar”);
• tem cada vez mais dificuldade em andar, com menos equilíbrio, dando passos pequeninos, arrastando os pés e por vezes andando mais rápido para evitar cair;
• há tendência para a depressão, maior ansiedade e demência (falta de iniciativa para fazer coisas, dificuldade em resolver problemas quotidianos e em decorar informação, etc.);
• etc.

Sem comentários:

Enviar um comentário